World Book Tour - Itália (Sardenha)
Mais uma volta ao mundo em livros pelas mãos da escritora italiana Milena Agus através da qual ficamos a conhecer a Ilha da Sardenha, a sua capital Cagliari e alguns dos seus encantos.
Com Coração de Manteiga passeamos por uma Cagliari que se presume contemporânea, uma vez que não existe nenhuma referência temporal, onde as três irmãs Condessas vivem as suas desventuras no bairro histórico do Castello, no topo de uma colina, onde se encontra o palácio nobiliário habitado pelas nossas protagonistas.
Mas após uma vida abastada as nobres damas deixam de ter o monopólio do palacete que acabou por ser dividido e subdividido e partilhado com outros que compraram vários dos seus apartamentos. Ficaram apenas com duas das fachadas do palacete, uma para a ruela e outra na rua principal do bairro, duas realidades bem diferentes entre as quais acabam por viver, a pobreza negada e a riqueza desejada, mas que convivem muito bem neste bairro típico.
« (...) em Cagliari, o bairro de Castello ainda é um sítio onde os pobres e os ricos, os intelectuais e os ignorantes, habitam no mesmo prédio e não é difícil saber coisas sobre os outros, porque as ruas são estreitas e as pessoas falam-se das janelas, dos portões (...) e dizem sempre para entrar, e se somos servidos.»
Numa história repleta de sonhos por concretizar das suas protagonistas, a beleza da cidade, os seus encantos e a sua contemplação fá-las acreditar que todos eles são possíveis de alcançar. A beleza da cidade lembra-lhes o que a vida ainda lhes pode proporcionar de belo. E várias das paisagens e locais surgem muitas vezes associados e propiciam momentos de maior intimidade e cumplicidade entre as irmãs.
«Quando as irmãs têm de falar de coisas importantes e se não há vento e não chove, vão à praia do Poetto, uma praia muito comprida de areia branca e fina.»
Com Milena Agus conseguimos ser transportados para Cagliari e quase sentir a cidade à medida que nos vai sendo contada a história das irmãs condessas e narrada a sua vivência da imperfeição da vida e do amor na cidade onde as passagens repentinas de escuro para a luz e mudanças de cores não as deixam aborrecer nem uma vida chega para as conhecer a todas.
Um hino à paixão da autora por Cagliari onde sempre viveu e onde diz desfrutar de um dos seus grandes prazeres, contemplar o mar da sua varanda.
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Mas após uma vida abastada as nobres damas deixam de ter o monopólio do palacete que acabou por ser dividido e subdividido e partilhado com outros que compraram vários dos seus apartamentos. Ficaram apenas com duas das fachadas do palacete, uma para a ruela e outra na rua principal do bairro, duas realidades bem diferentes entre as quais acabam por viver, a pobreza negada e a riqueza desejada, mas que convivem muito bem neste bairro típico.
« (...) em Cagliari, o bairro de Castello ainda é um sítio onde os pobres e os ricos, os intelectuais e os ignorantes, habitam no mesmo prédio e não é difícil saber coisas sobre os outros, porque as ruas são estreitas e as pessoas falam-se das janelas, dos portões (...) e dizem sempre para entrar, e se somos servidos.»
Numa história repleta de sonhos por concretizar das suas protagonistas, a beleza da cidade, os seus encantos e a sua contemplação fá-las acreditar que todos eles são possíveis de alcançar. A beleza da cidade lembra-lhes o que a vida ainda lhes pode proporcionar de belo. E várias das paisagens e locais surgem muitas vezes associados e propiciam momentos de maior intimidade e cumplicidade entre as irmãs.
«Quando as irmãs têm de falar de coisas importantes e se não há vento e não chove, vão à praia do Poetto, uma praia muito comprida de areia branca e fina.»
«As irmãs não gostam de imaginá-la sempre sozinha (...) e, antes de partir, mesmo que seja de madrugada, acompanham-na até à praceta atrás da casa e sentam-se as três num banco a ver o mar, as lagunas, a Sella del Diavolo, o monte Urpinu sob a luz rosada do amanhecer e toda essa beleza leva-as a pensar que, no fundo, tudo é possível.»
Com Milena Agus conseguimos ser transportados para Cagliari e quase sentir a cidade à medida que nos vai sendo contada a história das irmãs condessas e narrada a sua vivência da imperfeição da vida e do amor na cidade onde as passagens repentinas de escuro para a luz e mudanças de cores não as deixam aborrecer nem uma vida chega para as conhecer a todas.
Um hino à paixão da autora por Cagliari onde sempre viveu e onde diz desfrutar de um dos seus grandes prazeres, contemplar o mar da sua varanda.
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