Novidade Desejda - Imortalidade


Por aqui as novidades chegam sempre com algum atraso, mas como um livro está sempre actual e não tem nem prazo de validade, arrisco sempre a divulgar livros lançados nos últimos meses que descubro por aí e me despertam o interesse ao ponto de entrarem para a minha wishlist mesmo depois de passada toda a publicidade inicial à volta deles.

Este chamou-me a atenção essencialmente pela premissa distópica da Imortalidade e por alguns temas tão actuais abordados de forma natural. É um romance que se desenrola no futuro próximo, em Nova Iorque, onde a esperança de vida ronda os 300 anos e a imortalidade é o único valor que verdadeiramente importa. 



Lea Kirino tem um conjunto de dados genéticos que lhe confere um potencial de eternidade se fizer tudo bem feito. É muito bem-sucedida, uma corretora de sucesso na Bolsa de Nova Iorque onde se transaccionam órgãos humanos, tem um apartamento sublime e um noivo que rivaliza com ela em perfeição genética. Com a ajuda adequada da HealthTech, uma rigorosa dieta de sumos e exercícios de baixa intensidade tem a vida eterna ao seu alcance. Mas a vida perfeita de Lea sofre uma reviravolta quando, num passeio se cruza com o pai, supostamente distante. O seu regresso desencadeia uma profunda mudança no comportamento de Lea, que se vê atraída para o mundo misterioso do Clube do Suicídio, uma rede de pessoas poderosas e revoltadas que rejeitam a busca da imortalidade pela sociedade e que preferem viver e morrer nos seus próprios termos.

A inspiração da autora veio da vontade de escrever sobre a obsessão da sociedade com a juventude e a vida eterna e ainda a sua relação com a deterioração dos nossos corpos e o medo milenar da morte. Afirma que o livro começou por ser um exercício de pensamento para si mesma de como seria viver para sempre e não ter de morrer mas também como forma de se convencer de que viver para sempre não seria assim tão bom.

Imagine que poderia viver para sempre. Como isso seria? Seria gratificante e enriquecedor - uma oportunidade para experimentar novas experiências todos os dias, viajar pelo mundo, saborear o melhor da vida? Isso envolveria sacrifício e disciplina? E a imortalidade estaria disponível para todos ou apenas para alguns poucos? São estas as perguntas que Rachel Heng vai explorar com grande no seu romance de estreia, mas a sua visão da vida eterna na Terra não é cheia de diversão e jogos. Na verdade, é um pouco assustadora.

Neste mundo futuro, criado pela autora, a morte não é só um tabu, mas também altamente ilegal, e a personagem Lea vai ter de escolher entre uma existência imortal asséptica e um tempo curto e agridoce com um homem que é a sua única família no mundo e decidir entre o seu pai ou viver eternamente.

"O que realmente faz "Imortalidade" brilhar é que ele explora grandes temas sem nunca se perder sob o seu próprio peso. Isso faz-nos certamente  reflectir sobre a morte e a nossa própria mortalidade mais do que normalmente fazemos." Washington Review of Books 

"Os fãs de ficção especulativa moderna e os leitores que adoram histórias que nos alertam para sermos cuidadosos com o que desejamos ficarão fascinados com a estreia altamente imaginativa de Heng, que habilmente pergunta: o que realmente significa estar vivo?" Library Journal 


Rachel Heng é uma autora que nasceu e cresceu em Singapura, trabalhou durante vários anos no sector financeiro em Londres e  vive actualmente nos Estados Unidos da América. É licenciada em Literatura Comparada e Sociedade pela Universidade de Columbia. Este é o seu primeiro romance depois de muitos dos seus contos terem sido largamente publicados em jornais literários. Foi nomeada pelo jornal The Independent como uma das autoras emergentes a ter em conta em 2018 (ano de lançamento do livro).
Página Oficial: https://www.rachelhengqp.com/

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