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A mostrar mensagens de abril, 2018

Revolutionary Road: Livro vs Filme

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Mais uma vez a sequência deveria ser invertida pois vi primeiro o filme, logo quando estreou no cinem em  2009  e só agora li o livro, já há algum tempo na minha estante, mas é um dos casos em que não chegaria ao livro se não fosse o filme. Lembrava-me de alguns acontecimentos específicos da história mas não de tudo e tinha a lembrança especialmente da sua forte carga dramática e emocional, voltei a vê-lo  para melhor poder fazer a comparação e as lembranças confirmaram-se.  REVOLUTIONARY ROAD de Richard Yates Civilização Editora, 1996 Romance 172 páginas O livro é o retrato de um casal americano dos anos 50 acomodado a uma vida suposta de se viver, de forma a suprimir as necessidades da família criada, que ao se resignar e seguir os modelos sociais da época vai acabar por deixar para trás as suas promessas e sonhos de uma vida diferente. O resultado é uma realidade repleta de insatisfação e frustração numa relação de frequente tensão e conflito. Frank e April W

Prémios Nobel da Literatura Ibero-Americana

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Em Janeiro fui ver uma pequena exposição ou como lhe chamaram Mostra "Prémios Nobel da Literatura ibero-americana" na Biblioteca Nacional, precedida uns meses antes por uma sessão com Isabel Branco, professora de Estudos Hispânicos e de Tradução da Universidade Nova de Lisboa. 5 Espanhóis 2 Chilenos (onde se inclui a única mulher) 1 Guatemalense 1 Colombiano 1 Mexicano 1 Peruano 1 Português 5 Poetas 5 Escritores 2 Dramaturgos Na sessão foi feito um breve retrato da literatura ibero-americana, na maior parte das vezes identificada com o realismo mágico surgida no início do século XX entre as décadas de 60 e 70 que funde o universo mágico com a realidade, mostrando elementos irreais ou estranhos como algo habitual e também apresentando esses elementos de forma intuitiva, isto é sem sem explicação. A discrepância entre cultura da tecnologia e cultura da superstição que havia na América Latina naquela época, marca igualmente o realismo mágico. É cer

Jane Eyre de Charlotte Brontë - OPINIÃO

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Mais um clássico lido para o Clube dos Clássicos Vivos  em que se lê um livro a cada dois meses e depois o debatemos num encontro de animadas e cruzadas conversas, sempre especial. E que livro este e que protagonista esta Jane Eyre que dá nome ao título e de quem vamos acompanhar praticamente toda a sua trajectória de vida.                                                       JANE EYRE de Charlotte Brontë     Difel, 2004 Romance (Clássico)     388 páginas  Jane Eyre é um clássico da  literatura inglesa escrito por Charlotte Brontë, inicialmente sob o pseudónimo de Currer Bell por julgar que a sua maneira de escrever e pensamento não seriam propriamente femininos mas também por considerar que as escritoras eram à época olhadas com preconceito. Foi publicado pela primeira vez em 1847 e é tido como a autobiografia ficcionada da autora. Consta da célebre lista dos 1001 Livros para Ler Antes de Morrer. Numa altura em que a mulher era feita para casar e