E os melhores de 2018 foram...



Antes de revelar os eleitos impõem-se os balanços mas quase que me apetecia passar ao lado de tão pobre que será. Não cumpri nem realizei quase nenhum dos objectivos a que me propus por aqui e quanto a projectos e desafios limitei-me a participar no Clube dos Clássicos Vivos e no Ler Os Nossos que são os do coração de que não prescindo mesmo. De resto acho que foi literalmente tudo ao lado, mas enfim... anos menos conseguidos. 

Li apenas 17 livros (menos um do que o ano passado), num total de 3.293 páginas e não consegui completar o desafio do Goodreads em que aumentei a fasquia em relação ao ano passado e me tinha proposto a ler 25, fiquei um pouco longe. O livro mais pequeno que li foi "Meninas Pequenas, Grandes Sonhos - Anne Frank" e o maior "Jane Eyre" de Charlotte Brontë, o mais popular foi "O Grande Gatsby" de F. Scott Fitzgerald e o menos "Meninas Pequenas, Grandes Sonhos - Anne Frank", certamente por ser uma novidade infanto-juvenil com poucas classificações no Goodreads.

Foram bem menos do que gostaria mas houve muito boas surpresas e descobertas e claro algumas desilusões. Nem todos foram referidos ou têm opinião aqui no blog, mas gostaria muito ao longo do próximo ano de deixar aqui as minha impressões sobre os mesmos. Das desilusões não falarei porque apesar de ter lido alguns livros de que não gostei por aí além não houve nenhum completamente insuportável ou mesmo de que tivesse desistido por isso vamos aos favoritos.

                                                         
                                                          O MELHOR DE 2018

Um clássico que me surpreendeu pela sua protagonista arrebatadora tão à frente do seu tempo no espírito de independência e na força de carácter e de vontade, pela história emocionante e nunca enfadonha e pela narrativa contada de forma tão próxima que nos levava a sentir quase parte dela.



OS FAVORITOS

Diário de Anne Frank
pela história de vida da pequena Anne que me emocionou na forma como ela viveu a experiência traumática do holocausto e da clandestinidade sempre com esperança e mesmo fé, agradecida pelo que tinha e podia viver mas sem nunca deixar de sonhar com o futuro, aquele em que seria escritora.
Tanta Gente, Mariana de Maria Judite de Carvalho
pela crueza destes contos, maioritariamente retratos de vidas tristes e sofridas que acabam por descrever a vida tal como ela é na sua dureza emocional e também pelas reflexões que nos suscita
« Todos estamos sozinhos, Mariana. Sozinhos e muita gente à nossa volta. Tanta gente, Mariana! E ninguém vai fazer nada por nós. Ninguém pode. Ninguém queria, se pudesse. Nem uma esperança. »


Revolutionary Road de Richard Yates
pela densidade da história, de um casal que vive acomodado numa vida que não desejou, frustrado com a que não conseguiu alcançar e realizar,  repleta de inquietação transmitida por  personagens bem caracterizadas através de todo o seu background que nos permite entendê-las e compreender muitas das suas atitudes.



O Velho e o Mar de Ernest Hemingway
pela simplicidade da história que encerra um sem número de metáforas e lições de vida envolta uma relação ternurenta entre um jovem e o velho pescador

Comentários

  1. Preciso mesmo de reler "O Diário de Anne Frank". Infelizmente desisti do "Revolutionary Road", mas acho que não estava na altura certa para o ler. Um dia tento ler novamente :)
    Bom ano, cheio de muitas e boas leituras :)

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Eu por incrível que possa parecer foi a primeira vez que li "O Diário de Anne Frank" e fiquei rendida à figura de Anne Frank e com vontade de ler tudo o que tenha a ver com ela. Já tinha visto num vídeo teu que abandonaste "Revolutionary Road" talvez não tenha sido o momento ou talvez não seja mesmo o teu género e a escrita não te consiga prender. Vê o filme que também é muito bom. :)

      Eliminar

Enviar um comentário

Mensagens populares deste blogue

O Carteiro de Pablo Neruda: Livro vs Filme

Os Filhos da Mãe de Rita Ferro

Amar Depois de Amar-te de Fátima Lopes ou os diferentes caminhos da superação amorosa - OPINIÃO