Novidade Desejada - O Bairro dos Jornais


Desta vez a novidade é relativamente recente, foi lançada no final do passado mês de Abril mas é capaz de ter passado despercebida pois não a vi muito divulgada por aí, talvez por não ser um tema que desperte um amplo interesse.

Para mim junta vários assuntos de que gosto e me são próximos: Lisboa numa perspectiva histórica da vivência de um dos seus bairros típicos e o jornalismo ao nível dos seus bastidores e da vida boémia a ele associada. Tal foi mais do que suficiente para despertar o meu interesse e curiosidade com a abordagem de um assunto nunca tratado.




Foram cerca de 600 as publicações que se instalaram no Bairro Alto até aos dias de hoje: diários e semanários, matutinos e vespertinos, generalistas e especializados, desportivos e satíricos, folhas anarquistas, órgãos partidários, revistas de banda desenhada e jornais de espectáculos.

O BAIRRO DOS JORNAIS aborda esse fenómeno de concentração da Imprensa no Bairro Alto, consolidado a partir de meados do século XIX e que se manteve, embora com menor impacto, até à década de 70 do século XX. Com um carácter de quase antologia dá a conhecer as publicações, a localização das redacções, o território urbano da «capital da Imprensa portuguesa», a sua evolução ao longo do tempo assim como as entidades relacionadas com o sector também lá presentes como, por exemplo, o Sindicato dos Jornalistas, a Casa da Imprensa, a Hemeroteca e os Serviços de Censura/Exame Prévio do Estado Novo.


Este seu carácter evocativo e enciclopédico do Bairro da Imprensa com uma análise e relato histórico do seu mapa interminável torna este livro uma visita-guiada às histórias que marcaram o Bairro Alto e os seus jornais.

Um livro que agradará a quem tem curiosidade pela história de Lisboa permitindo conhecer um dos seus micro-climas que durante anos deu uma vida muito própria e repleta de cultura ao Bairro Alto. E também cativará quem tem interesse ou é da área do jornalismo podendo ficar a conhecer um pouco mais dos seus meandros em determinada época.

Paulo Martins é jornalista desde 1983, professor universitário e autor de vários livros. Integrou a redacção de uma dezena de jornais e é investigador do CAPP (FCT-ISCSP), no Grupo de Sociedade, Comunicação e Cultura.


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