16 de agosto de 2017

Novidade Desejada - A Contraluz


Esta novidade já tem seguramente uns bons meses, mas não queria deixar de partilhá-la pois chamou-me bastante a atenção principalmente pelos temas aflorados na história,  o mundo da escrita com várias referências literárias acompanhado com uma quase análise psicológica das várias pessoas que se vão cruzando com a personagem principal. E como já passou algum tempo desde o seu lançamento, as opiniões positivas que fui lendo por aí também contribuíram. 

De destacar que este é o primeiro livro de uma trilogia que só chegou agora a Portugal, embora já tivesse sido publicado em 2014 no Reino Unido, o que leva a que o segundo livro já tenha saído o ano passado com o título de "Transit".



Uma mulher chega a Atenas, no pico do verão, para leccionar um curso de escrita. Aí chegada, torna-se a alvo de uma cadeia de narrativas, à medida que as pessoas que vai encontrando lhe contam, à vez, a história das suas vidas. 
Começando com o vizinho do lado no avião, durante o voo de ida - com as suas histórias de barcos desportivos e casamentos falhados -, os narradores falam dos seus amores, ambições, sofrimentos e percepção da vida do dia a dia. Com o calor abrasador e os ruídos da cidade como pano de fundo, a sequência de vozes vai tecendo uma complexa tapeçaria humana: a experiência da perda, a natureza da vida familiar, o difícil que é a intimidade.

Segundo a autora existe uma ideia subjacente ao estilo do livro, a Odisseia, de Homero, no sentido do modelo em que alguém conta o que lhe aconteceu a alguém que ouve, não existindo um narrador omnisciente que saiba mais que os outros. Como na psicanálise há uma pessoa que escuta e recebe as emoções de outra, que fica aliviada ao contar a sua história. É uma Odisseia moderna. 


"Passem muito tempo com este romance e ficarão convencidos de que ela é uma das mais inteligentes escritoras vivas. A sua clareza mental enquanto narradora pode parecer tão perigosamente penetrante que o leitor pode temer o mesmo risco de invasão e exposição." 
The New York Times

"A Contraluz é um depurador, limpador da mente com uma parcela inteligente de acidez esclarecedor sobre a vida e as relações humanas, quando precisamos." 
The New York Times




Rachel Cusk é uma autora canadiana (vive desde há muitos anos no Reino Unido) de ficção, com nove romances publicados e também livros de não-ficção. Em Portugal encontra-se apenas editado "Arlington Park" pelas Edições Asa que foi finalista do Orange Prize 2007.
Foi nomeada pela revista Grante como uma das 20 melhores jovens romancistas inglesas.


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